21/06/2010

Por esta Solidão, que não Consente


Por esta solidão, que não consente
Nem do sol, nem da lua a claridade,
Ralado o peito pela saudade
Dou mil gemidos a Marília ausente:

De seus crimes a mancha inda recente
Lava Amor, e triunfa da verdade;
A beleza, apesar da falsidade,
Me ocupa o coração, me ocupa a mente:

Lembram-me aqueles olhos tentadores,
Aquelas mãos, aquele riso, aquela
Boca suave, que respira amores...

Ah! Trazei-me, ilusões, a ingrata, a bela!
Pintai-me vós, oh sonhos, entre as flores
Suspirando outra vez nos braços dela!

Bocage, in 'Rimas'

5 comentários:

  1. sinceramente, honestamente, eu amei o seu Blog! Me senti em casa, rodeada de livros que são o meu primeiro objeto de amor, desde a infância!
    Estou seguindo seu Blog
    Um abraço
    Regina

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  2. É um prazer.
    Seja Bem-Vinda, agora esta casa também é sua
    desfrute, convide os amigos.
    Abraços.

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  3. Maravilhoso. O blog, o ambiente e tudo mais.
    Acho que já disse isso...
    Não faz mal.
    Tô te seguindo.
    Beijão.

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  4. A casa também é sua Beth.
    Volte sempre.
    Abraços.

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  5. boa tarde o nome desse poema é "Por essa solidão que não consente"? responda-me por e-mail
    anamariaunimontes@yahoo.com.br

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