Parece nos remoto o tempo em que crianças ainda soltavam pipas, adolescentes namoravam nas praças, até mesmo nas grandes cidades do interior, o velho coreto animava os finais de semana na convivência entre familiares e amigos. Hoje quem tem a faixa etária dos quarenta, ou seja viveu no período dos anos setenta, vem observar com uma certa óptica diferenciada as grandes transformações que vieram sobrepujar a nossa atualidade. Os fatos precedem uma inversão radical em termos humanos, científicos e tecnológicos. Paradoxalmente existem contradições e polêmicas no sentido das descobertas e avanços que beneficiaram o campo das ciências e pesquisas. Contudo parece que a aceleração destas transformações não priorizam certas questões éticas, como uma disciplina fundamental a ser considerada. Neste milênio somos constantemente bombardeados com todos os tipos de informação, mas estamos desfocados para a retomada de valores que antes eram preciosos na conduta da sociedade. Temos a utopia de que a terra está girando com uma velocidade acelerada, temos a impressão de que o tempo vem se abreviando. Talvez pela falta de estigmas positivos, a inexistência da visão geral de um futuro promissor constantemente vem nos abalar. O fato não seria retrocedermos as cavernas, apenas revisarmos todos os valores, descartando os que seriam coletivamente nocivos. Nos posicionarmos no sentido do equilíbrio entre: Transformação e Conservação. Para não ultrapassarmos a coerência que já está a poucos passos de ser extinta.
Alba Simões
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